“Medir a tensão” – é assim que a maioria de nós se refere à medição da pressão arterial, um gesto precioso para conhecer um dos principais indicadores de saúde.

São dois os valores a conhecer e vigiar:

  • um “máximo”: a chamada pressão sistólica, corresponde à força que o sangue exerce na parede das artérias, ao ser bombeado pelo coração.
  • um “mínimo”, a chamada pressão diastólica, registada quando o coração se distende e relaxa e a pressão exercida na parede das artérias é menor.

Cada caso é um caso, mas há valores que é importante não ultrapassar. Idealmente, em repouso os valores da pressão arterial devem encontrar-se abaixo de 120/80 mmHg.

Quando estes valores são superiores podemos estar na presença de hipertensão arterial, um fator de risco para doenças como o acidente vascular cerebral, a angina de peito, o enfarte de miocárdio, a aterosclerose, a insuficiência cardíaca e renal. Nos primeiros tempos, a hipertensão não causa sintomas e, normalmente, é descoberta quando já existem danos.

A vigilância é, portanto, decisiva. Há que medir a pressão arterial com regularidade: só assim é possível detetar precocemente valores fora do normal e, quando já se está a tomar medicação para a hipertensão, verificar a sua efetividade.

Pode fazê-lo em casa, com ajuda de profissionais, respeitando sempre um conjunto de cuidados prévios:

  • não fumar, ingerir bebidas com cafeína e álcool ou comer meia hora antes
  • repousar, pelo menos, 15 minutos antes
  • evitar o uso de roupas apertadas durante a medição
  • não se mexer ou falar durante a medição

Quando se trata de pressão arterial, todos beneficiam com a vigilância. É que medir a tensão contribui para verificar a efetividade da terapêutica de quem já é hipertenso e ajuda a prevenir o risco e a detetar mais precocemente novos possíveis casos.

*Artigo adaptado da revista “+Saúde”